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Exposicions

Cabello/Carceller: a sala cinza fase 1

Exploração da melancolia, identidade e resistência em Prats Nogueras Blanchard.

Retrato de un joven (variaciones en gris) #1, Cabello/Carceller (2025)
Cabello/Carceller: a sala cinza fase 1
bonart barcelona - 20/03/25

The Gray Room: Scene 1 é a nova exposição de Cabello/Carceller que pode ser visitada na galeria Prats Nogueras Blanchard, em Barcelona. A exposição tem como ponto de partida a cor cinza, muitas vezes considerada complementar a si mesma na teoria das cores. Esse tom, com sua infinita gama de nuances, serve como metáfora para explorar conceitos como melancolia, identidade e dissidência. Segundo o filósofo Peter Sloterdijk, o pintor Paul Cézanne afirmou que "até que você tenha pintado um cinza você não é um pintor", sugerindo que o domínio do cinza é essencial na arte.

Cabello/Carceller usam o cinza para representar a melancolia como um estado de espírito que reflete o sentimento de estar preso entre um futuro incerto e um passado saudoso. Essa melancolia também é um espaço de reflexão sobre a violência que ameaça corpos dissidentes e minoritários, bem como sobre a necessidade de encontrar novas formas de resistência. A melancolia, portanto, não é aqui um estado passivo, mas um gesto de subversão, uma pausa que nos permite questionar narrativas dominantes e imaginar novas formas de existência. Os artistas também abordam a indisciplina da melancolia, sua inutilidade em um ambiente hiperativo, como uma oportunidade de analisar criticamente a sociedade atual. Essa posição ambivalente nos permite questionar os mecanismos de sujeição que configuram a identidade, reconhecendo que o sujeito emerge atravessado por esses mecanismos e que não há saída se não for capaz de apostar no jogo.

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O conceito de sala cinza é entendido aqui como um espaço simbólico onde os limites entre presença e ausência se confundem, criando um território onde a identidade é construída a partir de nuances e contradições. Cabello/Carceller brincam com essa ideia para explorar as tensões entre visibilidade e invisibilidade, bem como as estruturas de poder que condicionam a maneira como nos percebemos e somos percebidos. Por meio de instalações, vídeos e textos, a exposição, que pode ser visitada de 25 de março a 24 de maio, abre um espaço de diálogo onde a cor cinza se torna protagonista e ferramenta de redefinição dos limites da representação e da identidade.

Cabello/Carceller, formado por Helena Cabello (Paris, 1963) e Ana Carceller (Madri, 1964), é conhecido por questionar os papéis e estereótipos associados ao gênero. Sua obra reflete sobre a construção da identidade em relação ao ambiente social, cultural, político e econômico, subvertendo imagens e códigos de comportamento para desestabilizar a visão que habitualmente temos da realidade.

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