O Centro de Artes Santa Mônica continua com seu projeto de transformação em direção a um espaço de arte radicalmente contemporâneo. O Departamento de Cultura ratificou no início de fevereiro a renovação da direção de Enric Puig Punyet pelos próximos quatro anos, consolidando seu compromisso com um centro interdisciplinar que explora novas formas de experimentação artística.
Puig Punyet, escolhido em fevereiro de 2021 por meio de concurso público, liderou uma revolução programática que posicionou Santa Mònica como um verdadeiro laboratório de ideias, onde a coletivização e o diálogo entre disciplinas são protagonistas. Com uma programação estável e inovadora, o centro tem promovido projetos que desafiam os cidadãos e buscam estabelecer vínculos profundos com o público jovem. Desde sua nova abordagem, Santa Mònica produziu um total de 10 exposições, a maioria com obras inéditas, e tem sido referência em inclusão, com 75% de artistas mulheres ou não binárias em sua programação. Além disso, mais de quarenta artistas e um conselho curatorial participam a cada quatro meses de um processo de criação coletiva. As Mòniques, artistas residentes selecionadas anualmente, também desempenham um papel fundamental na mediação artística, criando protótipos para entregar conteúdo de forma acessível e inclusiva a públicos diversos.
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Por meio de suas exposições, a Santa Mônica tem abordado questões de grande relevância, como o colapso ecológico, as crises sociais e econômicas e a coletivização, além de questionar modelos expositivos tradicionais com propostas inovadoras como Exposar · No exposar-se · Exposar-se · No exposar, La irrupción e Utopia Rambles. No último ano, as exposições atraíram mais de 44.000 visitantes presenciais, com crescimento notável no público jovem, acompanhado por uma comunidade digital de quase 50.000 seguidores.
O projeto também envolveu profundas transformações institucionais para garantir maior transparência e equidade em sua gestão. O centro se comprometeu com a redistribuição de recursos e a aplicação de um código de boas práticas, garantindo honorários justos para os artistas e dedicando 60% do orçamento à compensação artística. Com a renovação da gestão, Santa Mônica continua com seu compromisso de criar um espaço acessível, participativo e sustentável, baseado na escuta e nos valores do cuidado. Nos próximos anos, continuará a focar na inovação curatorial, na nova produção e na desierarquização, com foco na performatividade e em formatos participativos que fomentem o diálogo e a reflexão crítica entre a criação artística e a sociedade.
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